Liderança que transforma: O exemplo de Nelson Mandela

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Como posso me tornar um líder que transforma? Sem dúvida, a biografia de Nelson Mandela é exemplo de como o exercício da liderança pode transformar a realidade, influenciando todo seu ecossistema.

Nelson Mandela sempre foi uma inspiração para mim, desde que eu era muito jovem. Sua fisionomia me lembra meu pai e até hoje, nom momento em que olho para seu largo sorriso na capa do livro “Longa Caminhada Até a Liberdade”, não consigo disfarçar e fica difícil não sentir uma pontinha de emoção. Neste artigo, compartilho com você, parte de minhas reflexões sobre minha leitura.

Primeiramente, sua capacidade nata de exercer a liderança com tamanha plenitude é um dos pontos que mais marca sua trajetória. Em sua autobiografia, é importante observar que ele foi um grande líder, porém não nasceu pronto. Seu caminho na política não foi previamente traçado, mas a alternativa encontrada por ele para transformar a realidade de seu país.

Em sua trajetória demonstrou humildade para aprender com seus colegas. Além disso, foi sempre muito observador. Enfrentou inúmeras dificuldades, desde a pobreza extrema até o forte preconceito. Porém, nada disso o intimidou e ele teve forças para estabelecer o primeiro escritório de advocacia de um negro, na África.

Percorri aquela longa estrada até a liberdade. Tentei não esmorecer; dei passos em falso pelo caminho. Mas, descobri o segredo que depois de escalarmos uma grande colina, descobrimos apenas que há muitas outras colinas para escalar. – N. Mandela

Liderança e colaboração

Literalmente, liderança significa “a arte de comandar pessoas, atraindo seguidores e influenciando de forma positiva mentalidades e comportamentos”.

Um líder não resolve nada sozinho, precisa de parceiros e de colaboração. Mandela liderou a formação do grupo que defendia a liberdade por meio da luta armada, sem experiência ou conhecimento. Viajou clandestinamente pelo continente, com o fim de obter apoio, instrução e patrocínio. Entretanto, não recebeu tudo o que esperava. Mas em virtude de sua persistência não desanimou.

Se a lei apoia a discriminação, se permite a injustiça e a opressão, é preciso contestar e deixar claro nosso ponto de vista. Diante das dificuldades, nos sentimos fracos e nos acomodamos. Não nos sentimos fortes para agir com determinação, uma característica muito marcante na autobiografia de Mandela.

vídeo produzido por ONU Brasil: 18 de julho: Dia Internacional Nelson Mandela?

A importância da clareza de propósito

Do início ao fim do livro em que relata sua autobiografia, Mandela cita muitas situações nas quais ele poderia ter se dado por derrotado, esquecido da sua essência e de quem era de verdade. Entretanto, manteve-se firme e agiu de maneira coerente com seu propósito.

O diálogo esteve sempre muito presente em toda a história de Mandela. O diálogo que constrói e que expõe diferentes perspectivas. Em uma situação de conflito, tomar a iniciativa de conciliação não é sinal de fraqueza, mas acima de tudo de maturidade. Aprender a se posicionar e negociar são atitudes que colocaram seu propósito à frente.

Durante os momentos de isolamento ele pode refletir sobre si mesmo, sobre seu destino. A busca do autoconhecimento ao olharmos para nós mesmos ajuda a ter consciência de quem verdadeiramente somos e qual é nosso propósito de vida.

Mesmo isolado da sociedade, na prisão, suas ações estavam coerentes com seus princípios. Da mesma forma continuou lutando pelos mesmos direitos que sempre defendeu. Mesmo que isso significasse, simplesmente, negociar uniformes iguais para negros e brancos. Destaco alguns trechos do livro para ilustrar o penoso aprendizado de Mandela e sua mentalidade autocrítica:

A prisão não apenas rouba a sua liberdade, ela tenta tomar a sua identidade (…) Prestei atenção ao que esses homens me falaram e pesei cuidadosamente suas visões de mundo. Todos os argumentos tinham algum mérito. Eu já estava tendendo a algum tipo de envolvimento político, mas não sabia o quê, ou como, e permaneci à beira do rio, sem ter muita certeza do que fazer (…) A vida inteira de um negro pensante neste país leva-o a um conflito contínuo entre a sua consciência, por um lado, e a lei, por outro lado.

Liderança e a consciência sobre si

Sinto que, mesmo sendo livres, em algumas situações nos sentimos presos às nossas crenças, aos pensamentos negativos e às convenções da sociedade. Ficamos à espera de um herói, alguém para nos salvar, como nos contos de fadas que ouvíamos dos nossos pais à beira da cama. Isso não é real!

Em muitas situações achamos que por não ocuparmos altos cargos, não sermos políticos, ou tão pouco responsáveis por algum feito extraordinário, não temos nada importante para fazer. Porém, isto não é uma verdade! Aqui vale a máxima de Gandhi:

Seja você a mudança que deseja ver no mundo! – M. Gandhi

Posso dizer que reconhecer nosso passado, agradecer aos que vieram antes de nós aprendendo com eles, faz todo o sentido. Ainda que seja para fazermos diferente, ou mudarmos o rumo. Remoer o que ficou para trás, não muda nada.

Autodesenvolvimento e resiliência

Transformar o mundo, depende de transformarmos a nós mesmos. Isto exige investir em autodesenvolvimento e desenvolver uma atitude de resiliência diante dos obstáculos. Por isso, quando bater “aquela” dúvida, lembre-se:

  1. Ao longo da nossa caminhada seremos capazes de realizar muitas descobertas, se estivermos atentos e nos permitirmos apreciar e aprender durante a jornada.
  2. Superar um desafio é somente o primeiro passo para um próximo.
  3. A consciência de si mesmo traz consigo a liberdade e a responsabilidade sobre o que faremos a respeito de nosso futuro.

Teria muito mais a dizer sobre meus aprendizados com a biografia de Mandela, mas seriam precisos muitos artigos!

Se você não leu este livro, recomendo que faça o mais rápido possível! Se precisar de ajuda para encontrar seu propósito ou repensar sua carreira procure a ajuda de um coach profissional.

Desejo que sua jornada seja repleta de aprendizados e grandes descobertas sobre si mesmo.

Até a próxima!

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